terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pétala Bonita

Não vales nada, sabes disso. Não vales mais por valeres menos. Não tentes valer. O valor que tens só decresce no tentar. Pára! Sê apenas. Não penses. Deixa-te levar. Morre, finda.
Talvez valhas mais na tua morte.
Pétala não murches que a morte não te dá qualquer valor. Ergue-te flor que a vida não tem preço.

Não há mais e não sou menos


Eles contentam-se com o pouco deixando apenas nada com que me contentar.

Meu mundo


Eu não compreendo o mundo e eles parecem compreende-lo melhor não me compreendendo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Badabadah

Overdose?
Desde quanto a quantidade trespassa o necessário?

Tempo que vai passando, tic-tac....

"É força que viva."
Porquê? Não sei, limito-me a sobreviver questionando a minha própria sobrevivência... 

Nada de jeito.


Tentar, tentar não chega quando o fracasso é constante. As pessoas tentam, algumas, o que não serve de nada. As que pensam que não tentam estão enganadas, o ser humano tenta, tenta a toda a hora, é a lei da sobrevivência. Mas o que o ser humano não pode resolver é que quanto mais tenta mais fracassa, e quanto mais fracassa mais se vai apagando lentamente, e quanto mais se apaga mais morre.
O ser humano tenta e demora a dar um passo, e quando o dá não cai, vai caindo e se arrastando pelo tempo até que nada. As pessoas tentam e nada. 

domingo, 17 de abril de 2011

Wonderful

Dizer eu sou
Acreditar

Queria,

ouvir(-te)

...

Medo, inconsciência, solidão, falta, incompreensão, sentido, silêncio, inércia, estupidez, diferença, visão, merda, ironia, existência e tu que não te conheço, e tudo o resto, ...

Ya, tudo se resume a isto.


   E há isto á minha frente, isto que não compreendo por não saber quem sou. Não me conheço. “Para ser grande sê inteiro”, sou pequeno, muito pequeno, sou incompleto, e há isto, esta enorme imensidão onde me perco sem limites.

sábado, 16 de abril de 2011

Sou

Gostava, gostava de ser o primeiro, de ser único, de ser o melhor, de ser pioneiro num pensamento, mas não sou, nunca serei, nem sou o único, nem nunca irei ser.

A pergunta certa

Não se sabe nada, o conhecimento é cegueira, respostas não existem, perguntas não são mais que perguntas, sem propósito, sem sentido, sem compreensão. Perguntas mal feitas, respostas incompletas.
O que se sabe? O que se vê? Tudo é condicionado, tudo é um grande algo, um grande algo é, uma grande incógnita, perguntas são vida, e vida são perguntas sem resposta, a pergunta é ausência de resposta, a pergunta, é a ausência da pergunta certa com resposta adequada, a resposta está na própria pergunta, a questão é ,o que sabes?O que queres saber? Como o podes perguntar? Como o questionar? 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Humanamente


É a ausência, a imperfeição, a continuação do que procuras. O que procuras não tem vida, procuras encontrar-te, não és, mas ao mesmo tempo continuas, não páras, não te sabes mas estas cá, não te encontras mas estás perdido algures.
Há distância no que te falta, há distância entre tu e o que és ou poderás vir a ser, há o incompleto permanente, há o que te resta de humano.
Não te conheces, conhecendo que te faltas, que não te chegas por ti só.

Tempo


Vais, vais contigo e com a vida mas ficas, ficas sozinho sem vida e apenas ficas.
Tempo, solidão, esquecimento, existência. E segues, e continuas, e vives, pensas.
Estás, és algo, existes, permaneces, perduras inalterado, não vives mas vais morrendo lentamente.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Limbo?

Como num sopro de vento, um pensamento momentâneo.
Existes agora na monotonia de pensar. Falta-te, não é o suficiente, estás inerte, mas sofres, sentes mas não vives, existes momentaneamente, estás numa espécie de sonambulismo, não estás morto mas não estás vivo, não tens controlo sobre ti. Acordas, e passa, tudo passa. Limbo?

Peren(idades)

O tempo passa e tu permaneces, não constante, não imóvel, mas permaneces. Permaneces no que te falta, no que não és, no que não consegues, no que não percebes, no que não compreendes, no que não sabes, no que te é alheio.
O tempo passa e passas tu com ele, inerte.
És vazio, és falta, és folha perene desgastada no tempo.